sábado, 18 de janeiro de 2014

A Leucemia

         A leucemia é o tipo de câncer infantojuvenil mais comum em João Pessoa. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), “a leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais”.

Subtipos
         As leucemias podem ser classificadas com base na rapidez com que a doença evolui e se manifesta, tornando-se mais grave. Ainda segundo o INCA, sob esse aspecto, “a doença pode ser do tipo crônica (que geralmente agrava-se lentamente) ou aguda (que geralmente agrava-se rapidamente). Também podem ser agrupadas baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam: linfoides ou mieloides. As que afetam as células linfoides são chamadas de linfoide, linfocítica ou linfoblástica. A leucemia que afeta as células mieloides são chamadas mieloide ou mieloblástica”.

Fatores de Risco
         As causas da leucemia ainda não estão bem definidas, mas existem suspeitas da influência de fatores comuns no desenvolvimento de cânceres como Tabagismo, Radiação (radioterapia, raios X), Síndrome de Down e outras doenças hereditárias, Benzeno (encontrado na fumaça do cigarro, gasolina e muito utilizado na indústria química), Quimioterapia (algumas classes de drogas), Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas, aumentando o risco de contrair tipos específicos.

Sintomas
         Os principais sintomas decorrem do acúmulo de células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção dos glóbulos vermelhos, causando anemia, que por sua vez causa fadiga e palpitação, dos glóbulos brancos, deixando o organismo mais sujeito a infecções e das plaquetas, ocasionando sangramentos das gengivas e pelo nariz, manchas roxas na pele ou pontos vermelhos sob a pele. “O paciente pode apresentar gânglios linfáticos inchados, mas sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado); dores nos ossos e nas articulações. Caso a doença afete o Sistema Nervoso Central (SNC), podem surgir dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação”, consta no site do INCA.
         Logo em seguida que a doença se aloja, tende a progredir rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado imediatamente após o diagnóstico e a classificação da leucemia. 

Diagnóstico
         De acordo com o INCA, “Na análise laboratorial, o hemograma (exame de sangue) estará alterado, porém, o diagnóstico é confirmado no exame da medula óssea (mielograma). Nesse exame, retira-se menos de um mililitro do material esponjoso de dentro do osso e examina-se as células ali encontradas.”

Tratamento
         A finalidade do tratamento é destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. Para obter a cura da leucemia foi preciso um grande avanço, alcançado com a associação de medicamentos (poliquimoterapia), controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e prevenção ou combate da doença no Sistema Nervoso Central (cérebro e medula espinhal). Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea.


         Pesquisas comprovam que ainda restam no organismo muitas células leucêmicas após as etapas do tratamento, o que obriga a continuação para não haver recaída. O tratamento varia de acordo com o tipo de célula afetada pela leucemia. São três fases: consolidação (tratamento intensivo com substâncias não empregadas anteriormente); reindução (repetição dos medicamentos usados na fase de indução da remissão) e manutenção (o tratamento é mais brando e contínuo por vários meses).

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